31 de jan. de 2011

Dica de Livro


“100 Gatos que Mudaram a Civilização

As férias das crianças estão terminando, mas ainda dá tempo de ler mais um pouco.

Para quem gosta de gatos e adora saber uma curiosidade sobre gente famosa, ou felinos famosos, descobri um livro muito interessante. Chama-se “100 Gatos Que Mudaram a Civilização” de Sam Stall, escritor americano de Indiana.

O livro fala de gatos que de alguma forma contribuíram com áreas da ciência, artes, história, e tantos outros meios, seja por influenciarem seus donos ou mesmo agindo por conta própria.

Conta como muitos museus e bibliotecas mundo afora utilizavam e alguns ainda utilizam os gatos como importantes aliados contra ratos e camundongos que podem roer manuscritos ou pinturas, como no Museu Hermitage, em São Peterburgo, Rússia. Em 1745, quando a imperatriz Elizaveta Petrovna, escalou os felinos para o trabalho eles eram persas, no entanto hoje, mantidos por doações dos funcionários eles são ex-moradores de rua.

Outra história é a de Maneki Neko, o gato japonês que acena, considerado um amuleto que atrai riqueza e boa sorte para quem o expõe. Diz a lenda que um nobre ao passar por um templo em ruínas viu um gato que parecia acenar e se aproximou intrigado para conferir. Neste instante um relâmpago atingiu o lugar onde ele estava anteriormente. O nobre, por acreditar que o felino o salvou, deu muitas riquezas ao templo. Hoje em dia em qualquer lugar do mundo é possível encontrar um exemplar em versões de cofrinhos, apoios de porta, até enfeites de carro. Até mesmo a Hello Kitty, apresenta uma semelhança, já que Hello= olá e Kitty=gatinho, ou seja, gatinho que cumprimenta.

Fala também sobre os importantes gatos que viveram na Casa Branca, como Socks, da administração Clinton, ou que pertenceram a políticos famosos, como Wiston Churchill, que certa vez colocou uma placa em frente de sua casa : ”Cat, volte pra casa! Está tudo perdoado!”. Aliás, lendo o livro você descobre os gatos ingleses que trabalham para os primeiros-ministros tem até salários!

Tem a história de Tommy, que salvou seu dono ao usar o telefone, Precious que sobreviveu ao 11 de setembro e de Muezza, a gata favorita de Maomé.

Enfim, tem muita coisa legal! São histórias curtas, que podem ser lidas enquanto esperamos ao telefone ou esquentamos alguma coisa no microondas, ou seja, sem desculpas por falta de tempo.

Aproveitem!

PS: ao lado, os dois gatos da Anelize: Recamiah e Veuliah

27 de jan. de 2011

Vik Muniz



Lixo Extraordinário

Conheci o trabalho de Vik Muniz em janeiro passado no Museu Oscar Niemeyer e fiquei maravilhada! Logo em seguida ele surgiu na abertura de Passione na Globo.

Vicente José de Oliveira Muniz, paulista da periferia, filho de retirantes nordestinos, radicado em Nova York, deu novos significados a materiais diversos, principalmente ao lixo.

Sua série “Crianças do Açúcar”, onde ele reproduz filhos de operários de canaviais, utilizando açúcar é linda, a Elizabeth Taylor, de 2004, toda feita com diamantes, ou a Medusa Marinara feita com macarrão e molho.....acho tudo fascinante! O contraste da realidade com a escolha dos materiais.

E agora com o trabalho do cineasta brasileiro João Jardim e da britânica Lucy Walker, vemos seu trabalho de fotografias com catadores de lixo, utilizando os materiais do lixão para reconstituir retratos, como vimos na abertura da novela. Em destaque na mídia, vemos o catador Tião, do Jardim Gramacho, periferia carioca, posando como o revolucionário Marat, assassinado em sua banheira. Assim encontramos as contradições da realidade brasileira em suas obras.

Lixo Extraordinário já recebeu mais de dez prêmios, e vamos ficar torcendo para que traga para o Brasil o Oscar de melhor documentário!

PS: as fotos são do meu passeio no museu.

21 de jan. de 2011

Não existe mais este departamento!

Gente, eu ainda fico chocada com certas coisas!

Liguei na Tok & Stok, que eu amo, para saber se tinha um produto, no caso, uma persiana para o quarto da minha filha. Como qualquer pessoa que não quer perder tempo no trânsito, eu apenas queria uma informação.

Liguei, esperei e quando fui atendida solicitei a informação:

-“Senhora, este departamento não existe mais”

Eu sem entender a colocação, insisti:

-“Você quer dizer que não trabalham mais com as persianas? Mas eu vi no site!

-“Nós temos persianas sim, minha senhora. Nós não temos mais o departamento.”

Eu ainda tentando entender:

-“Você está querendo me dizer que não existe uma pessoa que possa me informar se tem o produto na loja?”

Dava para sentir o sorriso da moça, ela deve ter pensado...”ufa, finalmente” e respondeu:

-“Isso mesmo, a senhora pode comprar diretamente no site ou vir até a loja”

Desliguei o telefone tentando entender, pois o tempo que ela levou para explicar que o departamento não existia mais, ela poderia ter gasto acessando o sistema respondendo minha pergunta.

Aí fiquei pensando, por que ela insistia em dizer que não existia mais o departamento, onde seria muito mais fácil dizer que não passavam mais informações por telefone.

Ou ainda, “não existe mais um ser humano capacitado para este tipo de função, que tenha paciência para atender, esclarecer dúvidas e ainda quem sabe fazer sugestões. Talvez algo como: Prezado cliente, queremos que você venha até a loja, e mesmo que não tenha o produto procurado, aproveite e escolha muitos outros itens.”

Haha, continuo achando que qualquer coisa seria melhor que “não existe mais este departamento”. Insisto em manter a informação de que departamentos são formados por pessoas!

19 de jan. de 2011

Escrever!



Lendo Saramago, grande escritor da língua portuguesa, ganhador de diversos prêmios literários, me deparo com a seguinte frase: “Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional de signos, a escrita...”

Assim, convido minhas amigas a escreverem! Deixem o marasmo de lado e nos permitam conhecer as idéias maravilhosas que rolam em suas cabeças! Contem o que viram, o que pensam e o que almejam!

Continuando “... e deixamos às circunstâncias e aos acasos da comunicação a responsabilidade de fazer chegar à inteligência do leitor, não tanto a integridade da experiência que propusemos transmitir, mas uma sombra ao menos, do que no fundo do nosso espirito sabemos bem ser intraduzível, por exemplo, a emoção pura de um encontro, o deslumbramento de uma descoberta, esse instante fugaz de silêncio anterior à palavra, que vai ficar na memoria como o rastro de um sonho que o tempo não apagará por completo”.

Não estarei aí para as rodadas de chimarrão, que de fato nunca tomei, nem para os jantares da turma ou das Kokeshis, então vamos fazer uso do blog para “papearmos mais” e mantermos os assuntos e as emoções atualizados. Queridas, coloquem a boca no trombone!

Saudades!

12 de jan. de 2011


A mudança

Cá estou eu novamente residindo na latitude l25º25'48'' Sul , na cidade de muitos Pinhões, Core-Etuba, ou seja, Curitiba, cujas temperaturas ficam em media de 21ºC, no verão, e de 13ºC, no inverno. Tradicionalmente conhecida por apresentar as quatro estações no mesmo dia.

Querendo não lembrar como é o clima de fato aqui, logo nos primeiros dias tentei levar as crianças ao clube para brincar na piscina e mal chegamos já estávamos de volta ao vestiário nos protegendo da chuva.

Quanto aos pinhões, temos três exemplars de magníficas araucarias no nosso quintal e as crianças já fazem as contas da futura colheita de pinhões!

No livro que estou lendo atualmente uma frase do já falecido professor de filosofia da Universidade Brandeis, Massachusetts, não se cala em minha mente: “O universo é demasiado harmônico, grandioso e avassalador para se acreditar que é tudo obra do acaso.”

Com isso acredito que ainda tenho compromissos com a terrinha aqui, e cá estou eu em busca dos mesmos decidida a dar o melhor de mim, sem no entanto esquecer, o quanto fui feliz “no lugar onde se avista o caminho da roça”na latitude -27 05 4, Chapecó.

11 de jan. de 2011

O Presente Recebido



Lendo um trecho de um livro de John Grogan, (e desta vez não é sobre o Marley) lembrei de um presente que recebi a pouco tempo.

Dar e receber presentes são duas coisas maravilhosas, mas sempre me sinto melhor quando pratico o primeiro verbo, infinitamente melhor.

No entanto, tenho que esplanar sobre a posição em que me encontrei ao receber, normalmente fico um tanto embaraçada e tento agradecer a pessoa, sempre com dificuldades de encontrar a palavra certa. No entanto, recebi algo único desta vez, sem tirar a importância, é claro, de todos os outros presentes bacanas que recebi das pessoas queridas que pensaram em mim.

Digo que é único, pois ele não estava em um vitrine, não veio carregado com o peso de preços ou da competição entre vendedores. Surgiu do esforço e talento da minha inestimável amiga Rachel.

Recebi um quadro com uma de suas magníficas fotos, esta tirada em 2006, quando juntas estivemos em Mariscal, Atalaia do Mariscal. Foram poucos dias, era carnaval, mas tudo foi muito agradável e repleto de um amor sempre presente em nossa convivência. Caso não me falhe a memória, esta foto é do último dia, quando a maioria de nós dormia até tarde e ela acordou cedo para seus registros fotográficos!

Fiquei emocionadíssima por receber tamanha honra, e já estabeleci lugar devido em minha sala.

Obrigada sempre amiga!

10 de jan. de 2011

Tenho Tanto Sentimento


Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.


Fernando Pessoa