28 de mar. de 2011

Questões de ajuste!



Como é difícil convivermos com pessoas tão diferentes. Eu sofro horrores pois não sou boa em aceitar coisas tão contraditórias a mim. Sim, sei que temos que aprender com as diferenças, mas caramba como isso dói!

Sou neurótica com horário, se marcam comigo 12:00hs, vou me empenhar para estar lá se não pontualmente, o mais próximo disso. E quando digo me empenhar, significa fazer tudo ao meu redor girar para que isso ocorra. Na minha casa só eu sou assim, ninguém mais dos meus é assim. Eu começo mandar eles se arrumarem uma hora antes, separo a roupa, organizo tudo. E eles nada....o tempo vai passando e meus nervos vão aflorando desenfreadamente. Eles me olham com cara de pouco caso enquanto vou imaginando as pessoas esperando com cara de bobas.

Vejo como uma tremenda falta de respeito fazer os outros esperarem, ainda mais quando a espera envolve alguma refeição, uma celebração ou algo assim. E no cinema então, alguém sempre tem que ficar com o nosso ingresso na porta esperando. Deselegante, no mínimo.

Sinto-me péssima por não conseguir fazer eles entenderem este meu ponto de vista. No entanto o pior, são as inúmeras desavenças que surgem em função disso, pois fico nervosa e sem papas na língua!

No livro que estou lendo um personagem diz ao outro: “É uma infelicidade os homens acreditarem que, em virtude de um filho ter nascido de suas entranhas, tenham grande intimidade, uma compreensão afetiva, como se fossem um só!....pois a afinidade não é um problema de sangue, mas de espírito...”. Na verdade acho que isso se aplica em muitos momentos da vida, principalmente quando fico me perguntando porque não consigo ensinar algo tão simples?

Talvez seja simples pra mim, e a neurose seja minha mesmo, mas na minha teimosia solitária, continuo achando importante chegar no horário!

Bjs,


ps: na foto azulejos portugueses do século passado.

Um comentário:

Rachel Kleinubing disse...

Eli, penso que você está certa. Certíssima!
Eu queria tanto ser pontual. Porque sou uma atrasada arrependida, neurótica. Fico sofrendo cada minuto do atraso, imaginando a pessoa lá, plantada. E mesmo assim eu continuo calculando mal meu tempo, atendendo o telefone na hora de sair, deixando a pessoa continuar a falar mesmo estando com meu tempo estourado, encaixando mais uma coisinha na lista do dia, acreditando que vai dar pra fazer tudo a tempo... É a velha história de dizer não.
Tem uma matéria ótima falando disso na Revista Vida Simples de janeiro, se não me engano. Bjs