6 de nov. de 2011

Guido Viaro e "A Polaca"





Guido Viaro

Nasceu na Itália em 1897 e faleceu em Curitiba em 1970. Chegou ao Brasil em 1927, passou pelo RJ, SP e chegou aqui em 1930, apenas com o objetivo de juntar um dinheiro e depois seguir para o México.

No entanto, encantou-se com a cidade e aqui ficou. Recebeu as primeiras noções de desenho e pintura ainda na Itália de dois tios artistas, depois sozinho aprendeu e dominou as técnicas do óleo, da aquarela, além do desenho e da gravura.

Desenvolveu grande batalha didática, procurando ensinar arte nas escolas. Queria chamar a atenção do governo para este setor do ensino. Atuou em muitas escolas e também manteve seu ateliê. Foi através dele que surgiu o que conhecemos hoje como Centro Juvenil de Artes Plásticas.

Sua obra ficou exposta durante duas décadas aos cuidados do município, mas com as mudanças politicas o espaço foi abandonado e a família precisou cancelar o comodato existente e retirar as obras .

Em 2009, filho e netos do artista criaram o Museu Guido Viaro com suas obras restauradas em um espaço adequado.

Em meio a tantas telas lindas está a famosa “A Polaca”, pintada em 1935 e considerada a “Monalisa Paranaense” e que foi considerada um marco no modernismo paranaense.

A tela esconde uma história de amor: recém chegado a Curitiba, Guido viu Hedwiges pela primeira vez em um baile na Sociedade Polonesa. Não conseguiu chamar a atenção da moça que não dava confiança para estranhos, pois não sabia dançar, mas mandou um recado através de um amigo pintor que queria retratá-la.

A tela foi pintada durante dois meses no ateliê que ficava na Rua XV, sempre com o pintor, a modelo e uma “vela”. No final veio o pedido de casamento que foi prontamente negado. O Pintor ficou arrasado e chorou muito.

Um ano depois se casou com Yolanda Stroppa com quem teve o filho Constantino, responsável hoje pelo museu.

Hedwiges casou-se em 1940, e teve um filho. Espirita, descobriu ainda jovem o dom de psicografar. Em uma das mensagens ficou sabendo não ser ela a mulher que Guido deveria dar a mão. Aceitou, mas tem certeza que o destino dos dois vai se cruzar em algum lugar.

O retrato pintado em 1934 não se tem notícias. “A Polaca” foi pintado um ano depois de memória. Nela Hedwiges veste a roupa que usava quando conheceu o italiano que não sabia dançar.

O depoimento faz parte de um documentário que está sendo gravado, contando toda essa linda história.

  • Museu Guido Viaro

www.museuguidoviaro.org

Rua XV de Novembo, 1348.


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