31 de mar. de 2012

Hai-Kai do Millôr



Olho, alarmado;
E se a vida for
Do outro lado?

29 de mar. de 2012

Quero ser escritor-A crônica

Com o artista plástico Carlos Zemek e a escritora Isabel Furini


O lançamento do livro “Quero ser escritor – A crônica” foi cheio de letras, de poesias, de tintas, lentes, tecidos, contos, olhares, descobertas, exclamações.

As lindas telas do artista plástico Carlos Zemek (http://cazemek.blogspot.com.br) tornaram o ambiente ainda mais encantador.

Interessante observar o prazer das pessoas em falar sobre suas criações, sejam elas no papel, em uma tela ou através de uma lente. Sempre fascinante observar os processos de criação de cada artista e descobrir novos mundos.

Todo agradecimento a escritora Isabel Furini (http://www.isabelfurini.blogspot.com.br) que nos permitiu momentos tão agradáveis.

20 de mar. de 2012

Lançamento: Quero ser escritor de Isabel Furini


AFINAL O QUE É CRÔNICA?
"Crônica é um texto curto, uma reflexão sobre acontecimentos, palavras, imagens. Uma reflexão sobre a vida. Pode focar o homem e suas escolhas, relacionamentos, atitudes, gestos, palavras e ações.
A crônica já foi chamada de gênero aberto, despojado, arrojado, irreverente, invasivo, fofoqueiro e até safado.
A matéria de jornal informa os fatos que acontecem no dia, ou nos últimos dias, enquanto a crônica é o olhar sobre o fato, é a reflexão, é a leitura de fatos sob um ponto de vista pessoal. Então, já vamos descobrindo quem tem vocação para o gênero, quem gosta de opinar, de comentar, de questionar.
Caracteriza-se pela oralidade da linguagem, por isso precisa de certa sensibilidade para não cair nas frases grosseiras, pois grosseria não faz parte desse gênero. A crônica exige sutileza.
Para escrever uma boa crônica, os comentários, a visão original, a frase inesperada, a poesia e a estética precisam estar presentes. O escritor tem a necessidade de comunicar sua visão do mundo, mas deve fazê-lo com arte.
Poesia e estética dão asas ao texto – que às vezes parece voar, ou cair na realidade que se esconde além das palavras. Se você escrever um texto que, entre risos, sorrisos ou reflexões, consiga voar, mas sem ter as asas transparentes, nem rima, nem a linguagem abstrata dos poemas, poderá chamar isso de crônica.
A crônica sai do jornal e se torna literatura. Literatura mesmo? Literatura, às vezes considerada um gênero menor, digamos, a caçula das obras literárias. O ritmo, as metáforas, as palavras de impacto, as imagens, a visão pessoal e a frase ou o feche inesperado fortalecem a crônica."
Isabel Furini

Neste livro constará uma crônica escrita por mim.
O lançamento será dia 27/03 no Palacete dos Leões, às 19:00hs.

12 de mar. de 2012

Silêncio



"E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras."

Ana Jácomo

7 de mar. de 2012

Dia da Mulher com Veríssimo


"Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:

- Eu, hein?... nem morta!"

Luís Fernando Veríssimo